quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Flôr


Nas curvas do teu corpo
me despi em silêncio
e vagueei nu.
Tatuei-me na terra,
esculpi-me no vento,
e descobri-me na Lua
que descia na noite.

Nos dedos que se deitaram à sorte
e te percorreram nua,
escrevendo cartas de amor.
No sal de um mar que era só meu,
e na areia que o esperava sem saber.
Na estrada onde o louco passava,
e a poeira teimava em não assentar,
fiz da minha casa um ninho,
com um jardim defronte
onde rego uma só flôr.

12 comentários:

BroKen Strings disse...

Simplesmente, Lindo!

Terra de Encanto disse...

Concordo: lindo, sentido e emocionante!

Storyteller disse...

Muitíssimo bonito!

sakura disse...

(suspiros e mais suspiros...)

Meu amor, este poema deixou-me de coração a mil...
Revejo-nos em cada palavra, em cada imagem que evocas...em cada sentimento que transmites, e que são tão nossos.

Amo-te do fundo do coração.

Beijo imenso
da tua Flôr

Lia disse...

Bem...isto sim, são provas de amor... que possas sempre regar a tua flor...

jocas grandes p os 2

Only Words disse...

Gostei do entrelaçar de ideias e palavras. Muito bom!

**

Eternamente Inalcansável disse...

No words... :)

Eternamente Inalcansável disse...

Também quero...................

Cereja disse...

quando te apetecer, pega nos teus tanto e bonitos poemas e publica um livro :) tenho a certeza que ia ser um sucesso.

Anônimo disse...

Lindíssimo! Espero que ames não só de alma mas também de corpo porque passar uma vida a escrever cartas de amor sem dar um passo concreto pode ser muito triste. Não sei se é o caso pois falo sem saber. E espero estar enganada.

Felicidades

Lua disse...

LINDO!!! =)

orkide@ disse...

Muito bonito, Menino do Mar!!
E, o mais importante, parce ser recíproco.
Felicidades!!!

Bj