quinta-feira, 21 de julho de 2011

Um pouco mais


Fica, só um pouco mais,
como quem não teme,
como quem respira as estrelas,
e navega sem leme.

Abraça-me como um mar revoltado,
como uma luz que fica,
entre o desespero e o cansaço.

Quando o dia se vai,
o teu cheiro fica na minha pele,
e o teu olhar na minha sede.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

The road.


Simples? Nada é simples. Nem para um dos lados nem para o outro.
Um decidiu e assumiu a responsabilidade por tudo o que está para vir e o outro, o outro revolta-se, chora e grita e tenta tudo, sabendo que já nada está nas suas mãos.
Quando o tempo é de partida, o sofrimento existe sempre para ambas as partes. Em igual medida? não sei, mas sei que sofrimento é sofrimento e impossível de comparar. Cada um sente como sente, e cada dor é única.
Nem sempre assim foi, mas acredito hoje que não há boas nem más decisões quando temos que as tomar. Há decisões apenas e só, como uma estrada que decidimos percorrer, sem saber para onde nos leva. Ao chegarmos ao destino, podemos sempre duvidar se terá sido esta a escolha certa, mas a verdade é que somos aquilo que fomos e também o que não fomos. Não ter percorrido o outro caminho também nos moldou.
A tristeza abate-se de qualquer forma. Sei que não foi, não está a ser e não será fácil, mas sinceramente, this is the road I want to walk...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Shadow heals


Shadow heals,
as night falls.
And my soul is a river,
running, as the sea calls.
My arms shiver into the emptiness,
of your absent smile.

So I fly,
with the wind in my hands
and steal the stars of the dark blue sky.

Under the rising moon,
riding through your hair,
I climb over your lips
and sow the stolen stars in your eyes.

Melody Gardot - Baby I'm a Fool

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Se o teu olhar cantasse


Se o teu olhar cantasse,
que música serias quando o quarto se inunda de luz em frestas,
tímidas,
a acordarem os corpos exaustos de amar?

Seria a melodia da cotovia,
ou um canto grave, sofrido,
adormecido ao sabor do mar?

Seria espuma, vento,
ou um simples gemido dos teus dedos na minha pele?

Ao ritmo de uma cama a ranger,
sou uma estrofe no teu olhar,
e rimo-me no teu sorriso.

Quando te canto
e me aporto em teus braços
sou um poeta perdido,
uma pauta vazia em teu regaço.

sábado, 2 de julho de 2011

Espero-te na volta do amor

Espero-te na volta do amor,
quando a chuva parar
e o mar se cansar.

Espero-te enfeitiçado,
gritando contra as amarras.

Olho-te através de um vidro embaciado,
de um dia nublado,
em que partiste na incerteza, sem olhar.

Espero-te como um fruto na árvore,
que se findou na primavera.

E nesta espera, chega o verão,
e sonho acordado
a ilusão que um dia voltarás
e serás de novo a lua do meu céu estrelado.