domingo, 28 de fevereiro de 2010

BBC Vida Selvagem


Mais do que um hábito, tornou-se uma terapia.

Hoje foi sobre o comportamento animal colectivo. Fascinante...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Incondicionalmente



Quis a vida que o fizéssemos aos poucos, de quinze em quinze dias, e nas poucas férias que temos juntos, mas o tempo passa e a nossa relação vai ficando cada vez mais forte. A cumplicidade, o companheirismo, a compreensão, o amor, crescem e alimentam-se mutuamente.
De mim, para além do que já dei, dou os valores, aos poucos, como o biberão que tomavas quando ainda me cabias nos braços. Tu dás-me o sorriso, as partilhas. E tudo isto, sem pressas.
A vida flui e na tua tenra idade, já me compreendes nos silêncios que às vezes partilhamos. Eu, eu já te conheço, como a palma da mão. E tento ser o melhor pai do mundo, redescobrindo-me a cada dia que passa, a cada fim de semana que estamos juntos.
Quero mostrar-te o que já vi, o que isso me fez ser e o que, no meu pensar, deve ser a nossa passagem por este mundo. Tu, dás-me a mão e acompanhas-me, por vezes de mau grado, porque queres fazer sempre tudo ao teu jeito e, até nisso, somos tão parecidos... Mas sei , no fundo, que fica em ti muito do pouco que temos juntos.
Conta comigo para te aceitar como és. Sem juízos, sem prisões. Apenas umas regras aqui e ali para te encaminhar.
O resto, o resto fazes tu, debaixo do meu olhar e da mão que te ampara, até ao dia em que te sentires preparada para voar e em que eu serei o primeiro a sorrir.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Idade da Inocência

Não sei se não me recordo da minha infância por ela me ter passado ao lado ou se simplesmente esqueço algo que não quero recordar. A verdade é que esta é uma das únicas recordações de criança que me fazem sorrir e querer voltar atrás no tempo...


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Dunas nos lençóis


Vagueámos na poesia dos lençóis que morriam de saudades nossas e escrevemos versos nas dunas que a flanela forma num misto de planície e areal em que me perco insistentemente só.
Guardo-me nos passos que não dei.
E entrego-me quando já não sei quem sou, nem onde estou. Quando não me encontro no real e o sonho é uma cavalgada imparável.
Choveu nas dunas após o sôfrego sentimento.
Não estavas quando te tentei olhar.
Não esperaste que falasse. Que te dissesse que a nesta falésia escarpada, não há mais vento sem que me olhes. Não há mais prosa de gaivotas escrevinhada no céu rosa do entardecer.
Não me quiseste ouvir, porque sou um eco de ti, sou o pouco do que de nós resta.
Sou a tempestade que ao longe que se tenta fazer ouvir, mas que os gemidos perdidos nas dunas abafam ao repetir-se sempre que sonho.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Nostalgia




"...Juste un regard pour comprendre
Que c'est dans tes yeux
Que j'me sens le mieux
Juste un sourire pour te dire
Que j'ai besoin de toi
Reste et regarde moi..."

Eternamente


Na música que me deixas,
procuro incessantemente um sinal teu.
Vais, sem nunca partir.
Ficas em todos os recantos,
até onde o vento se recusa a ir,
até onde o tempo espera que voltes.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

20 anos


Há 20 anos atrás, o mundo tornou-se um lugar melhor.
Obrigado Nelson Mandela, por nos ensinares como podemos ser livres através do perdão.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Poema inconsequente

Vago o vento
que na tarde chamou a chuva
e desenhou a teia de verdades
em mais um momento
só nosso.

No silêncio da viagem
dissemos tudo o que tínhamos por dizer.

Descobri...


...uma coisa muito gira no blog da minha "vezinha" A Gaja.


Ora espreitem AQUI.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Excerto

Quero falar-vos desta casa. A casa que fiz nascer com as mãos juntos a este mar que tem tanto de plácido como de selvagem.
Criei-a à minha medida,de janelas grandes, quase sempre abertas para que a luz, os sons e os cheiros da beira-mar se sintam convidados a entrar. São eles que quero sempre perto.
A minha casa é o meu coração. Entra o puro, o natural, o verdadeiro.
Carreguei estacas, pranchas de madeira. Usei incontáveis milhares de pregos e parafusos e, no dia em que coloquei a última telha, soube que era feliz, que não precisava de mais nada para os meus dias.
Daqui, vejo ao longe pescadores a recolherem as suas redes, ou então a fazerem lançamentos e esperarem que o peixe venha. Oiço o burburinho das gaivotas, as sirenes de navios ao largo, os aviões a aterrarem e a levantarem vôo de um aeroporto não muito longe. Levam almas e sonhos, deixam saudades e lágrimas.
Daqui, vejo o mundo, o meu mundo, e as pessoas que passam e olham curiosas este velho sentado na cadeira de baloiço no alpendre em frente ao mar, são também elas mundos e não sabem nem sonham que as sei só de olhar.
Uma vez por mês, no nosso dia, abro uma garrafa do nosso vinho, e não me sento na cadeira de baloiço. Espero o anoitecer, verto um pouco do néctar no copo de escanção e, aproximando o nariz da borda, inspiro profundamente, deixando todo o seu aroma entrar em mim e provocar-me as memórias que tento apagar. Deixo-o levar a melhor de mim e passar perante os meus olhos todos os momentos, todos os lugares onde estivemos, todos os sentimentos partilhados ao som das nossas vozes, ao toque dos nossos lábios, ao prazer de degustar este vinho, o nosso vinho.
Por vezes consigo ir até junto das ondas e olhar o teu reflexo prateado, enquanto alta no céu me recordas que estás longe, e que apenas te posso desejar.
Mais do que a madeira com que a construí, fiz estas paredes com o meu ser, com toda a bagagem emocional do que vivi, do que passei, do que sonhámos.
Era este o nosso sonho, e nem a tua partida me fez recuar.
Esta casa não é só minha, é nossa.

Excerto de um pequeno conto que estou a escrever e que vou tentar publicar em livro
(é esta a surpresa)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Nos próximos dois dias...

...estarei por aqui:
Trabalhar numa multinacional ainda tem as suas vantagens... ;)


PS: Prometo, no fim de semana, pôr as minhas leituras em dia e revelar-vos uma surpresa :)