terça-feira, 30 de agosto de 2011

A fonte

Sempre que passava pela rua rente à muralha, sentia-se mais confiante, como se aquelas pedras antigas lhe falassem e a fizessem acreditar que tudo é possível se soubermos deixar o tempo correr.
Na verdade, já tinha desistido de muitos sonhos e adiado outros tantos, mas hoje era um dia diferente e, por isso mesmo, escolhera ir por aquela rua que tanto lhe dizia.
Trauteando baixinho, "somewhere over the rainbow, blue birds fly...", e de sorriso nos lábios, atravessava a cidade que lentamente acordava. A brisa estava fresca e embora o sol já brilhasse alto no céu, ainda se sentia o cheiro da aurora a despontar. São os dias de Setembro, pensou, o mês que tem mais a minha cara.
Aqui e ali cruzavam-se com ela olhares taciturnos, pesados, tristes, próprios de uma segunda feira, que pesa invariavelmente mais na alma que qualquer outro dia da semana.
Distraída, envolta nos seus pensamentos, sorrisos e canções que sempre a acompanhavam, deu por si perto da antiga fonte de mármore, desgastada pelo tempo e pelo uso das gentes. Sentou-se na sua beira, mergulhou as mãos na água fresca e deixou-se ficar um pouco. Passou os dedos molhados pelo rosto e pelo pescoço e deixou as gotas imprevisíveis descerem-lhe pela pele até ao peito. Passou os dedos pelos cabelos e despediu-se da fonte num sorriso. A fonte respondeu-lhe como sempre, num cântico de águas a cair, imemorial como a lua no céu ou o vôo dos pássaros. Ela compreendeu e, continuando a sorrir, seguiu o seu caminho, trauteando as suas canções, envolta nos seus pensamentos, com uma certeza no bolso, hoje era um dia diferente, amanhã seria um novo começo.

sábado, 20 de agosto de 2011

Pequenas felicidades


A minha I. adorou a prenda que lhe trouxe da Escócia.

:)PS: é muito muito parecido com este.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Daqui a uma semana...


Tá quase, tá quase, tá quase, tá quase!!!


PS: Que por lá encontre a inspiração que tanto me tem faltado...