Como o som de um piano,
deambulas por entre rostos de Outono,
até à beira rio.
O Tejo tem algo de humano,
ri como um homem,
beija como a saudade de quem ama.
O Tejo,
O Tejo tem alma.
Nos teus olhos correm crianças que,
descendo colinas verdes de sonhos,
saltitam como quem dança, colhendo papoilas.
Sentada, sentes a água
e o barcos que passam, recolhendo a casa.
As gaivotas rodopiam,
e os carros apitam como despertadores.
Despida, entregas a mágoa,
à corrente que passa e não volta.
A compasso, desenhas os passos com que te afastas,
deixando a maresia solteira.
No teu encalço, não há mais memórias,
nem sonhos, nem histórias.
O Tejo, que tem alma de pássaro, voou
e levou com ele toda a dor.
As suas margens são a pauta onde escrevemos a sinfonia,
este adagio perfeito,
onde abraçados terminamos o dia.
5 comentários:
Amigo, eu vinha trazer-te um carinho, um prémio DARDOS, que bem mereces pelos teus poemas e pessoa que és, e ao chegar, mais uma vez me emocionei..., o Tejo é o meu rio, amado, meu berço.
queres ir buscar o miminho? É aqui:
http://meusamigosseusmimosmeusencantos.blogspot.com/
Beijo.
Obrigado querida amiga :)
Vou já buscar o mimo. Os mimos nunca são demais :)
Beijo
O Tejo é um rio romântico... mas nada bate o Mondego nisso...
O Tejo tem alma.
E a alma sente
Sente que alguém ama
Ama sem estar presente.
Gostei
:)
estou sorrindo ao ler os outros comentários...
afinal todos os rios têm alma, como as pedras e as árvores e toda a natureza
o Tejo é o meu berço e no entanto adoro o Sado!
e tens razão Roxane, o Mondego tem uma alma especial, tem alma de estudante..., irreverente, louca e cheia de juventude... noitadas e guitarras a chorar...
ops... até eu fiquei romântica... loll.
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