ateia-me
consome-me
estende nos lençóis todo o calor,
cai sobre mim como uma vaga,
povoa-me a terra estéril de amor.
inunda-me
circunda-me
desbrava até mim o caminho,
sê a febre que se alastra,
mata-me o desejo devagarinho.
Nasce, vive morre,
abre, a quente e sente,
minha força, concreta, insane,
meu amor incerto disforme
a vida que se materializa no teu grito
ao ecoar eterna em meus lábios.
4 comentários:
"sê a febre que se alastra,
mata-me o desejo devagarinho."
Adorei!!!
Faz magia.
:)
Há anos que te leio, é por isso que posso dizer-te, que de cada vez..., escreves maravilhosamente melhor!
"Ateia-me" é deliciosamente lindo!
Parabéns, sempre!
Beijo.
Já não vinha aqui há algum tempo.
ainda bem que me visitaste e comentaste. gostei muito do "ateia-me" e do novo visual do blog.
beijo
Parabéns, está lindo este!
Maria Ana
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