quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ateia-me

ateia-me
consome-me
estende nos lençóis todo o calor,
cai sobre mim como uma vaga,
povoa-me a terra estéril de amor.

inunda-me
circunda-me
desbrava até mim o caminho,
sê a febre que se alastra,
mata-me o desejo devagarinho.

Nasce, vive morre,
abre, a quente e sente,
minha força, concreta, insane,
meu amor incerto disforme
a vida que se materializa no teu grito
ao ecoar eterna em meus lábios.

4 comentários:

Carlota Pires Dacosta disse...

"sê a febre que se alastra,
mata-me o desejo devagarinho."
Adorei!!!
Faz magia.
:)

OutrosEncantos disse...

Há anos que te leio, é por isso que posso dizer-te, que de cada vez..., escreves maravilhosamente melhor!
"Ateia-me" é deliciosamente lindo!
Parabéns, sempre!
Beijo.

Em@ disse...

Já não vinha aqui há algum tempo.
ainda bem que me visitaste e comentaste. gostei muito do "ateia-me" e do novo visual do blog.
beijo

Maria Ana disse...

Parabéns, está lindo este!

Maria Ana