E, após o enésimo dia de chuva, o sol surgiu imperial nos céus. Os campos vestiram-se de um verde brilhante, dando o mote à esperança que fica sempre, após tudo o resto ter sido levado pelas águas.
Soube-me bem este sol de ontem e de hoje, desafiador do frio que entretanto surgiu.
Soube-me bem o recordar da limpidez do mês de Janeiro.
Toda a natureza se apresenta mais definida, menos baça, mais concreta aos nossos olhos. É essa a beleza do frio, realça o horizonte e convida-nos a olhá-lo através da janela, com uma chávena de chocolate quente nas mãos e o crepitar da lareira a embalar-nos.
À noite, surgem a estrelas que, nesta altura do ano, parecem multiplicar-se vezes e vezes sem conta como que antecipando a chegada do luar mais belo do ano.
Ainda adormecidos, os campos vestem-se de cores sóbrias e cheiros marcantes. A vida começa a surgir tímida em pequenos rebentos e singelas flores. Não se apressam, pois ainda é o momento da contemplação, do observar a Lua no seu esplendor e a limpidez de todos os elementos.
É o tempo de ficar, de estar. Ir, iremos mais tarde, ao sabor do vento, quando começar o degelo e as andorinhas voltarem. Por ora, espero a Lua porque depois, só para o ano.
Soube-me bem este sol de ontem e de hoje, desafiador do frio que entretanto surgiu.
Soube-me bem o recordar da limpidez do mês de Janeiro.
Toda a natureza se apresenta mais definida, menos baça, mais concreta aos nossos olhos. É essa a beleza do frio, realça o horizonte e convida-nos a olhá-lo através da janela, com uma chávena de chocolate quente nas mãos e o crepitar da lareira a embalar-nos.
À noite, surgem a estrelas que, nesta altura do ano, parecem multiplicar-se vezes e vezes sem conta como que antecipando a chegada do luar mais belo do ano.
Ainda adormecidos, os campos vestem-se de cores sóbrias e cheiros marcantes. A vida começa a surgir tímida em pequenos rebentos e singelas flores. Não se apressam, pois ainda é o momento da contemplação, do observar a Lua no seu esplendor e a limpidez de todos os elementos.
É o tempo de ficar, de estar. Ir, iremos mais tarde, ao sabor do vento, quando começar o degelo e as andorinhas voltarem. Por ora, espero a Lua porque depois, só para o ano.
3 comentários:
É mesmo, no Inverno chuvoso parece que morremos. Agora até já se notam os dias maiores, tudo ganha outra vida. E mesmo com este frio, é linda a imagem das pingas que se congelam ao cair das plantas.
Beijinhos
Já estava cansada de chuva! fiquei mto mais animada com este sol...apesar do frio! bj
E enquanto esperas pela Lua, assistes ao prenúncio da Primavera... Será cedo, ainda? Talvez...
Mas Janeiro é tempo de recomeçar, e é também tempo para o Sol ganhar coragem e desafiar o frio que se instalou. Tarefa titânica, certamente. Mas ele é persistente! Com passos discretos e quase imperceptíveis, vai avançando, crescendo, e a restante Natureza acompanha-o... As estrelas que agora inundam o céu são seus pares que, nas suas galáxias, se armam com toda a pompa para travar uma batalha semelhante...
Cá em baixo, cúmplices do astro-rei, as primeiras flores brancas desabrocham, espalhando-se pelos campos que só agora recomeçam a verdejar. Ao longe, muitos ainda as confundem com flocos de neve... Gradualmente, começam a emergir outras cores, que vão ganhando calor pouco a pouco... E, quando damos por isso, a primeira andorinha negra pousa lá em cima no fio e anuncia assim que os dias cinzentos chegaram ao fim!
Quando o Inverno se apresenta assim, não como o tirano implacável e gelado, mas como o gentil pai que vai abrindo o caminho para a sua sorridente e luminosa filha Primavera... é nesse momento que nos embevecemos e apaixonamos por ele...
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