E se, em vez de seres humanos, fossemos páginas de livros por escrever?
O que seria cada um de nós se se pudesse reinventar a cada linha, a cada traço da caneta no papel?
Seríamos enciclopédias, romances, dicionários ou verdadeiros compêndios que abarcassem desde sentimentos a ciências rebuscadas?
A que espaçamento nos dactilografaríamos? Em letras maiúsculas ou minúsculas?
Conseguiríamos ir além de rabiscos de um lápis de carvão?
Teríamos todas as respostas?
E o cheiro? Qual seria o nosso cheiro?
Afogarnos-íamos nas lágrimas de um deus qualquer que, ao pôr-nos no papel, se perdesse na saudade de nos ter que deixar ir?
Saberíamos que os rios correm para o mar, não por razões pragmáticas, mas porque é assim o seu destino, qual desaguar de um amante nos braços da sua amada?
Encontraríamos o que somos?
Criaríamos beleza ou destruição?
Seríamos como somos! Capazes do tudo e do nada, de amar e matar, de sorrir e sangrar.
Não somos páginas, nem livros, nem cadernos. Somos linhas desalinhadas, carris abandonados, onde já não passam comboios, nem ecoam os apitos que rasgavam outrora as planícies.
Somos apenas pó, que do nada vem e por tudo vai, balançado à mais pequena aragem, sem rumo, sem destino.
Seríamos enciclopédias, romances, dicionários ou verdadeiros compêndios que abarcassem desde sentimentos a ciências rebuscadas?
A que espaçamento nos dactilografaríamos? Em letras maiúsculas ou minúsculas?
Conseguiríamos ir além de rabiscos de um lápis de carvão?
Teríamos todas as respostas?
E o cheiro? Qual seria o nosso cheiro?
Afogarnos-íamos nas lágrimas de um deus qualquer que, ao pôr-nos no papel, se perdesse na saudade de nos ter que deixar ir?
Saberíamos que os rios correm para o mar, não por razões pragmáticas, mas porque é assim o seu destino, qual desaguar de um amante nos braços da sua amada?
Encontraríamos o que somos?
Criaríamos beleza ou destruição?
Seríamos como somos! Capazes do tudo e do nada, de amar e matar, de sorrir e sangrar.
Não somos páginas, nem livros, nem cadernos. Somos linhas desalinhadas, carris abandonados, onde já não passam comboios, nem ecoam os apitos que rasgavam outrora as planícies.
Somos apenas pó, que do nada vem e por tudo vai, balançado à mais pequena aragem, sem rumo, sem destino.
8 comentários:
Tenho dias em que talvez fosse um livro cheio. Outros, muitos outros, que quanto mais vazio melhor. Talvez porque, vezes de mais, me encha de coisas erradas. Um sorriso para ti :)
Belíssimo texto em interrogações que fazem todo o sentido.
L.B.
Nós estamos num livro, estamos ali no virar da página, naquele fio que corta por ser papel ainda não tocado. Estamos a ler aquelas linhas idas mas precipitando-nos para as da folha seguinte. Sabemos como foi o texto desde o início, não sabemos como vai ser a partir do momento em que o vento sopra e caímos no branco pronto a ser escrito. Sabemos dos erros que demos, não sabemos o que vamos escrever e se o que foi servirá para não voltarmos a esquecer-nos daquele acento, daquele hífen no sítio certo, de todas as vírgulas e pontos. Algumas páginas sairão manchadas, a caneta nem sempre estará à distância certa, com o toque e concentração ideais, para que o texto saia limpo de borrões e até rasuras.
E se hoje o capítulo se escreve com silêncios de comboios e carris abandonados, quem sabe no mudar de linha não seja conto de livro infantil com cor e balões e festa... Deixa que o vento sopre, ele há-de virar a página.
Escrevíamos o nosso destino, a nossa própria história!!
E afinal,...
Somos apenas humanos!!
Gostei muito do teu texto.
Bj
Salve o NOVO ANO !
Que ele seja de PAZ e de muita Saúde. E que estejamos juntos por mais um ano.
assim Seja !
Olá, como vai ? Estou aqui para divulgar um pouco da minha cultura, a história de nossos antepassados ( que amo muito e tenho receio que se perca em meio a essa enxurrada de informações que somos acometidos ultimamente) e, para isso, FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... começa o ano contando um pouco sobre esse espetáculo maravilhoso que é a FLLIA DE REIS ou REISADO, comemorado no dia 6 de janeiro. Aqui eu também coloco as famosas simpatias das Romã, muito utilizada no dia 6 de janeiro para atrair dinheiro. Para quem curte uma simpatia, vale a pena fazer.Venha conferir.
E para quem não conhece o meu espaço, convido a dar uma chegadinha até lá para conhecer o meu cantinho de histórias, o link está logo abaixo.
Que os bons ventos soprem a seu favor neste ano de 2010.
Saudações Florestais !
SIGA-ME em : http://www.silnunesprof.blogspot.com
Uma história com final feliz*
Ué... Pensei que você tinha encerrado este blog...
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