quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Amarras


Nos segredos escondidos do mar,
nas tardes quentes,
nas noites de luar.
Nos mundos perdidos,
em tempos antigos.
Nas bandeiras desfraldadas,
em contos de fadas,
e nas conchas onde viajo,
onde me deito, me sinto,
me rasgo,
abro o peito, desfeito,
de mil guerras sem fim.
Nas areias,
nos mundos de teias,
nas saudades rasgadas na pele,
nas ilhas perdidas no meio do oceano,
nasce o meu choro,
escondido, humano,
um grito cego,
perdido no horizonte,
num cais amarrado, com o mar defronte.

6 comentários:

sakura disse...

Amo o que escreves. Só os sentimentos por trás de um poema assim é que...me deixam triste.

Amo-te muito.

Beijo imenso
Flôr

Only Words disse...

Muita nostalgia, algum descontentamento e a vontade da fuga! É isto que transparece das tuas palavras. Gostei do poema ;)

Anônimo disse...

As poesias são ótimas maneiras de sentir. A dor, as alegrias, os descontentamentos, a vontade de mudar, tudo pode ser transformado em palavras. Isto é formidável!

O sofrimento, uma tristeza que for, é natural. O que não pode é sempre nisto permanecer...

Fica bem.

Um beijo!

CF disse...

:) Bonito. Muito mesmo...

Cereja disse...

sempre aquela doce maneira de escrever.*

orkide@ disse...

Eu pensava que já tinha solto as amarras e afinal continuo presa àquele "porto".
E por vezesé assim mesmo que eu me sinto.
Adorei...
A música também é das minhas preferidas. Ouço-a vezes sem conta...

Bom fim de semana!

Bj