Procuro-me nos cantos desta casa imensa, não de tamanho mas de recordações. Pouco sou e pouco sei do que fui outrora. Os olhares já não se cruzam e os sorrisos já não crescem com as horas das noites em que tu e eu nos sentíamos imortais, abençoados pela lua e por todas as estrelas cadentes que o universo punha ao nosso dipôr.
Disseste-me uma vez que eu despertava o anjo que havia em ti. Eu não te respondi, como nunca respondia aos teus elogios. Não acreditava neles. Ou melhor, não queria acreditar.
Sempre fora desprezado pelos sentimentos e, encontrar-te, não fazia, de todo, parte dos meus planos, mas a verdade é que me bateste à porta, vinda daquela onda que todos os dias de manhã me acordava. Eu abracei-te e deixei-te ficar, sem dar conta que era a mim que também estava a deixar ficar. Era a mim que estava a dar uma oportunidade de ser feliz.
Passávamos tanto tempo em silêncio... e nunca parecia demais, nunca nos sentíamos constrangidos.
Falávamos nos olhares que, testemunhados pelas conchas e seixos que decoravam as paredes, nos faziam querer ficar e ficar e ficar.
Foi o tempo em tudo me sabia melhor. Até a comida tinha outro sabor. Os aromas eram mais intensos e as brisas do final do dia entravam com maior prazer na sala, fazendo balançar a cama de rede.
Foram os dias, os nossos dias. Os dias em que vivemos, os dias em que crescemos e nos tornámos um só, um dia em que achámos que tudo era infinito, até o amor.
Só que um dia, um dia que nasceu simples e banal como todos os outros, alguém bateu à porta....
Disseste-me uma vez que eu despertava o anjo que havia em ti. Eu não te respondi, como nunca respondia aos teus elogios. Não acreditava neles. Ou melhor, não queria acreditar.
Sempre fora desprezado pelos sentimentos e, encontrar-te, não fazia, de todo, parte dos meus planos, mas a verdade é que me bateste à porta, vinda daquela onda que todos os dias de manhã me acordava. Eu abracei-te e deixei-te ficar, sem dar conta que era a mim que também estava a deixar ficar. Era a mim que estava a dar uma oportunidade de ser feliz.
Passávamos tanto tempo em silêncio... e nunca parecia demais, nunca nos sentíamos constrangidos.
Falávamos nos olhares que, testemunhados pelas conchas e seixos que decoravam as paredes, nos faziam querer ficar e ficar e ficar.
Foi o tempo em tudo me sabia melhor. Até a comida tinha outro sabor. Os aromas eram mais intensos e as brisas do final do dia entravam com maior prazer na sala, fazendo balançar a cama de rede.
Foram os dias, os nossos dias. Os dias em que vivemos, os dias em que crescemos e nos tornámos um só, um dia em que achámos que tudo era infinito, até o amor.
Só que um dia, um dia que nasceu simples e banal como todos os outros, alguém bateu à porta....
5 comentários:
Tudo continua a ser infinito...até o Amor.
E se, alguém que não importa bater à porta...podemos sempre não abrir.
Seja o que for esse alguém...podemos escolher o que deixar entrar nas nossas vidas.
Beijo imenso
da tua Flor
Que texto lindo...
Estas declarações de amor são extremamente bEnitas. ^^
*
:-)
Não sei o que dizer...tu roubas-me as palavras. Tão bonito o que escreves... Beijos
não te tenho visto por as actualizações do blog, pensei que fosse algum erro mas não.. arrisco-me a perguntar: está de férias no algarve? xD ahah :)
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