quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O invisível e o incontável


Serenamente,
avagando como que chegando ao porto,
como que temendo a partida.
Atraso o olhar,
arrasto o beijo,
abraçando-te sem medida.
É nas amarras que me perco,
é nas correntes que me coso.
É na incerteza que eu vejo,
o invisível e o incontável.
É nas palavras que me alongo,
me estendo, e me fermento em mosto,
em vinho no teu copo espremido,
à espera dos teus lábios
à espera do um sentido.

Um comentário:

OutrosEncantos disse...

Escuta...

... ouço o mar e escuto o poema
... é como uma canção
a canção de um mar ao aportar no seu porto seguro
ali se amarra ele próprio
só por isso mesmo
porque é alí que se sente seguro

divaguei, desculpa, é que não é comentavel o teu poema
tudo quanto é para lá de belo, não tem palavras que definam

Beijo.