... provavelmente o post mais errado que alguma vez farei. Não por não ser algo que sinta, mas porque me irá, por ventura, expor demasiado.
Poderia escreve-lo em papel, ou num ficheiro só para mim, no entanto, habituei-me a usar esta forma de expressão. Este meio de ser eu por palavras, de conhecer-me melhor a mim próprio, de despejar mágoas, desejos e anseios. Esta é a minha forma de falar.
Ontem, como todos as sextas-feiras de quinze em quinze dias, foi o início de mais um fim-de-semana com a minha filha. Era, no entanto, um dia especial, o dia do Pai. Algo que até festejei por antecipação aqui, nesta minha casa da alma.
Tudo corria normalmente. Quando lá cheguei a minha filha desceu e, à parte duma pequena constipação, parecia-me bem, cheia de saudades.
No caminho para casa, perguntei o que tinha feito na escola, como tinha festejado o dia do pai. Não me respondeu, parecia com medo e as palavras não lhe saíam. O meu coração quase parou naquele instante, o meu pressentimento, a minha intuição diziam-me o que se tinha passado, mas insisti, até que ela disse.
Tinha feito um calendário e um diploma para o melhor pai do mundo. No entanto não os trazia. Perguntei porquê. A resposta foi óbvia, não por ser correcta ou desejada, apenas porque sei a minha realidade. Esses trabalhos entregou-os ao companheiro da mãe.
À primeira vista, pode até parecer, de certa forma, correcto. É ele que está mais tempo com ela. Mas isso seria num vulgar caso de pais separados.
A maioria, quando se separa das mães, separa-se dos filhos, e é normal que a figura paterna seja substituída.
No entanto, não é esse o meu caso.
Tinha a I. dois anos quando a mãe se foi embora. Partiu, de um dia para o outro, sem avisar. O dia era o do meu aniversário. Passaram cerca de dois meses até voltar a dar notícias e a ver a filha.
Eu, independentemente da separação estar resolvida, tinha o coração partido, por ver a minha filha a sofrer com as saudades. O que fiz? O que qualquer pai teria feito, promovi a reaproximação das duas. Mudei de casa, de trabalho, de zona do país.
Acordei com a mãe a custódia conjunta, o poder paternal partilhado.
Sempre foi minha opinião que o que são dois a fazer, devem ser dois a criar, independentemente de haver sentimento amoroso e/ou estarem juntos.
Tudo corria normalmente, até que um dia, recebi uma carta do tribunal de família e menores de Faro. Sem saber porquê, a mãe pedia tudo para ela. Custódia e poder paternal. Os dias, em vez da metade do mês, como tinha sido até ali, permitia-me ter os fins de semana, de quinze em quinze dias.
Fomos a tribunal, e teve o que pretendia. Eu não aceitei e, revoltado, apresentei um requerimento e voltei a ir a tribunal. Ainda fiquei com menos. Não posso participar na vida escolar da minha filha, não posso visitá-la na escola, não posso ir a actividades no tempo que ela passa com a mãe. O que posso? Segundo o tribunal posso pagar, ter os fins de semana quinzenalmente e 4 semanas de férias num ano, que não podem ser 15 dias seguidos, só semanas separadas.
Em relação à mãe? Bem, não me permite entregar a I. uma hora mais tarde que o estipulado, nem ir buscar uma hora mais cedo. Se eu o fizer, chama a polícia. Como sei? Já o fez...
Em termos emocionais, diz à I. para chamar o "padrasto" de pai, diz-lhe que eu, para ela sou só um nome. Diz que um dia mais tarde, quando ela puder escolher, se me escolher a mim, eu vou ser mau para ela. Diz que eu não presto, que não lhe dou carinho e amor. E o mais triste disto tudo, é que eu fico a saber da maioria das coisas pela própria I.
Voltando ao dia de ontem, quando percebi o que tinha acontecido, fiquei sem reacção. Não conseguia falar, reagir ou pensar. O meu coração parecia ter sido atropelado por mil comboios e duvidei que se reerguesse.
Viemos para casa e, sempre em silêncio, preparei o jantar.
Jantámos em silêncio.
A I. abraçou-se a mim várias vezes e, quando íamos a descer no elevador, para ir buscar a R. ao comboio, pediu-me desculpa. Eu abracei-a.
Quando voltámos, estivemos a jogar a um jogo, deitei-a e adormeci-a a ler-lhe o principezinho (que ela adora). Por volta das três da manhã, foi ter comigo, não conseguia dormir, deitou-se ao meu lado e adormeceu, até agora.
Vou fazer-lhe o pequeno almoço.
Não sei o que pense, o que sinta, o que faça. Sei que a culpa não é dela e, portanto, nunca a vou culpar de nada, mas há algo em mim, uma mágoa, uma dor, que sinto e que dificilmente vai passar.
Espero que tenham tido a paciência para me ler. Às vezes dizem-me que tenho um olhar triste, eu sorrio e nego, mas sei a minha verdade.
Acho que vou continuar como até aqui. Engolir mais um sapo e continuar, mas cada vez mais, sinto que esta é uma batalha perdida. A mãe da I. quer-me fora da vida dela, e aos poucos, vai conseguindo.
Poderia escreve-lo em papel, ou num ficheiro só para mim, no entanto, habituei-me a usar esta forma de expressão. Este meio de ser eu por palavras, de conhecer-me melhor a mim próprio, de despejar mágoas, desejos e anseios. Esta é a minha forma de falar.
Ontem, como todos as sextas-feiras de quinze em quinze dias, foi o início de mais um fim-de-semana com a minha filha. Era, no entanto, um dia especial, o dia do Pai. Algo que até festejei por antecipação aqui, nesta minha casa da alma.
Tudo corria normalmente. Quando lá cheguei a minha filha desceu e, à parte duma pequena constipação, parecia-me bem, cheia de saudades.
No caminho para casa, perguntei o que tinha feito na escola, como tinha festejado o dia do pai. Não me respondeu, parecia com medo e as palavras não lhe saíam. O meu coração quase parou naquele instante, o meu pressentimento, a minha intuição diziam-me o que se tinha passado, mas insisti, até que ela disse.
Tinha feito um calendário e um diploma para o melhor pai do mundo. No entanto não os trazia. Perguntei porquê. A resposta foi óbvia, não por ser correcta ou desejada, apenas porque sei a minha realidade. Esses trabalhos entregou-os ao companheiro da mãe.
À primeira vista, pode até parecer, de certa forma, correcto. É ele que está mais tempo com ela. Mas isso seria num vulgar caso de pais separados.
A maioria, quando se separa das mães, separa-se dos filhos, e é normal que a figura paterna seja substituída.
No entanto, não é esse o meu caso.
Tinha a I. dois anos quando a mãe se foi embora. Partiu, de um dia para o outro, sem avisar. O dia era o do meu aniversário. Passaram cerca de dois meses até voltar a dar notícias e a ver a filha.
Eu, independentemente da separação estar resolvida, tinha o coração partido, por ver a minha filha a sofrer com as saudades. O que fiz? O que qualquer pai teria feito, promovi a reaproximação das duas. Mudei de casa, de trabalho, de zona do país.
Acordei com a mãe a custódia conjunta, o poder paternal partilhado.
Sempre foi minha opinião que o que são dois a fazer, devem ser dois a criar, independentemente de haver sentimento amoroso e/ou estarem juntos.
Tudo corria normalmente, até que um dia, recebi uma carta do tribunal de família e menores de Faro. Sem saber porquê, a mãe pedia tudo para ela. Custódia e poder paternal. Os dias, em vez da metade do mês, como tinha sido até ali, permitia-me ter os fins de semana, de quinze em quinze dias.
Fomos a tribunal, e teve o que pretendia. Eu não aceitei e, revoltado, apresentei um requerimento e voltei a ir a tribunal. Ainda fiquei com menos. Não posso participar na vida escolar da minha filha, não posso visitá-la na escola, não posso ir a actividades no tempo que ela passa com a mãe. O que posso? Segundo o tribunal posso pagar, ter os fins de semana quinzenalmente e 4 semanas de férias num ano, que não podem ser 15 dias seguidos, só semanas separadas.
Em relação à mãe? Bem, não me permite entregar a I. uma hora mais tarde que o estipulado, nem ir buscar uma hora mais cedo. Se eu o fizer, chama a polícia. Como sei? Já o fez...
Em termos emocionais, diz à I. para chamar o "padrasto" de pai, diz-lhe que eu, para ela sou só um nome. Diz que um dia mais tarde, quando ela puder escolher, se me escolher a mim, eu vou ser mau para ela. Diz que eu não presto, que não lhe dou carinho e amor. E o mais triste disto tudo, é que eu fico a saber da maioria das coisas pela própria I.
Voltando ao dia de ontem, quando percebi o que tinha acontecido, fiquei sem reacção. Não conseguia falar, reagir ou pensar. O meu coração parecia ter sido atropelado por mil comboios e duvidei que se reerguesse.
Viemos para casa e, sempre em silêncio, preparei o jantar.
Jantámos em silêncio.
A I. abraçou-se a mim várias vezes e, quando íamos a descer no elevador, para ir buscar a R. ao comboio, pediu-me desculpa. Eu abracei-a.
Quando voltámos, estivemos a jogar a um jogo, deitei-a e adormeci-a a ler-lhe o principezinho (que ela adora). Por volta das três da manhã, foi ter comigo, não conseguia dormir, deitou-se ao meu lado e adormeceu, até agora.
Vou fazer-lhe o pequeno almoço.
Não sei o que pense, o que sinta, o que faça. Sei que a culpa não é dela e, portanto, nunca a vou culpar de nada, mas há algo em mim, uma mágoa, uma dor, que sinto e que dificilmente vai passar.
Espero que tenham tido a paciência para me ler. Às vezes dizem-me que tenho um olhar triste, eu sorrio e nego, mas sei a minha verdade.
Acho que vou continuar como até aqui. Engolir mais um sapo e continuar, mas cada vez mais, sinto que esta é uma batalha perdida. A mãe da I. quer-me fora da vida dela, e aos poucos, vai conseguindo.
33 comentários:
Tive paciência... Não penses nunca, que é uma batalha perdida. Infelizmente, existem mulheres, e homens também, que não sabem viver uma separação. E metem no meio dos dois, o que mais deviam proteger. Prece-me ser o caso da tua ex mulher. Não é fácil, mas o que deves é seguir a linha que tens escolhido: Fazer o melhor que podes, com os poucos recursos que a justiça te deu. Não me alongo, pois isto é só um comentário a um post. Se precisares de desabafar, usa o meu email.
Eu repondo, prometo.
E agora estou para aqui a chorar pq me revejo no que escreves, não sou o pai nem a mãe, sou a madrasta má que nunca poderá participar em nada que tenha a ver com o pimpolhito, porque a mãe não deixa. Mas neste caso, sou eu que digo para não me chamar mãe...e ele às vezes chama!
Quanto ao teu caso, no coraçãozinho dela de certeza que a tua filhota sabe quem é o pai, mas não tem idade para gerir as pressões! Faz-lhe ver que não faz mal, que a culpa não é dela!
Ah, olha nós por cá vamos fazer uma coisa com o pimpolhito, se gostares da ideia faz tu tb, com a tua filhota:
como nunca vai haver dia do Pai, nem presentes, nem nada que se lhe pareça, vamos nós, todos os anos por esta altura, gravar numa almofada as mãos do pai e do filho, com tinta e bem juntinhas, para que ele, quando olhar para trás, veja que a mão dele cresceu, tal como ele, mas que o pai esteve sempre lá...ao lado dele para o que desse e viesse!
Muita força, beijocas
(irra, granda comentário)
Tudo isto é incrível na mesma proporção em que é inadmissível.
Não vai conseguir não senhora!! Não vais desistir!! Nem a I! Sabes que ela foi obrigada a fazer o que fez, não sabes? :( É pequenina, tem de se proteger da pressão que a estúpida da mae exerce sobre ela.
E sabes q está quase, não sabes? Chegará o dia em q ela poderá escolher. E, adivinha quem vai ser? :)))))))))))
Não desistas, não jogues o jogo da gaja.
A I adora-te, nino. Muito. Ela sabe quem realmente é o pai dela.
Bolas... eu não estou por dentro do assunto, mas muito sinceramente não percebo quais os critérios seguidos pelos tribunais para impor aos pais um certo número de dias e horas marcadas para verem os filhos. Que tipo de relação se tem com dias e horas marcados? Como se afasta assim uma criança de um pai que a ama, quando a criança tb manifesta vontade de estar com o pai? A propósito de quê se faz isto? Mas o mais injusto ainda é para a tua filha... porque provavelmente adora a mãe e adora o pai. E ter uma mãe que adoramos a dizer-nos mal de outra pessoa que adoramos pode ser muito confuso. Porque aquela mãe não tinha motivos para nos mentir, mas aquele pai nunca nos fez mal nenhum. É como se fôssemos culpados por gostar de um pai que é tão mau, mas na realidade tb somos culpados se não gostarmos dele, porque ele gosta de nós e nunca nos fez mal. Ela está numa situação complicada, coitadinha... mas eu acho que tu tens tido a atitude certa. Mais guerras, tribunais e discussões com a outra parte de nada serviriam. A tua filha vai crescer e perceber que o que a mãe dela faz chama-se chantagem emocional e é incorrecto. E vai saber impor a vontade dela quando quiser estar com o pai. Não pode ser fácil estar na tua situação... beijinho grande e força**
(e desculpa lá o tamanho do comentário =/)
Deixando a revolta pela forma como um tribunal dá a guarda de uma criança a uma mãe que rouba à própria filha uma parte de si...
Porque o importante aqui agora é preservar a vossa relação. Acredito que a pimpolha te ame incondicionalmente e esse amor jamais será aniquilado. As pessoas crescem, deixam de ser manipuláveis e tenho a certeza que a pequenina, que traz nos genes algo muito teu, terá o dia em que se vai libertar desses conceitos que lhe são incutidos.
Sei que deves estar mesmo atropelado pela frota de comboios da CP. São pequenos gestos que comovem, dias que apesar de serem só isso mesmo, dias, estão cá para nos lembrar o que todos os dias sentimos e nem damos conta. Mas lembra-te disso mesmo: todos os dias és pai, ainda que impossibilitado de o ser na prática. Mas todos os dias os vossos corações, sem que se apercebam, estão unidos. E ninguém irá roubar o teu lugar naquele coração, agora ainda pequenino.
Tentares relevar isso é pedir-te um esforço hercúleo. Mas penso que também não será bom que ambos se privem de aproveitar ao máximo o vosso tempo, com alegria, porque alguém se lembrou de vos fazer mal. Não é bom para ti e não é bom para a menina que se sintam assim.
Aproveitem, aproveitem a presença da R. e façam um programinha engraçado e familiar. Façam as vossas prendinhas um ao outro, como fizeram a vossa árvore de natal, tão especial. E não se esqueçam de dizer um ao outro que contra tudo, contra o que seria o conceito desta sociedade por vezes tão maldosa, estão unidos para sempre.
Penso que a maneira de sentires recompensado o teu esforço é não se penalizarem e não pensarem no assunto, por mais difícil que seja. Não darem o gostinho a ninguém.
Há uma imagem por aí na internet, encontrei-a ontem, que diz: Pai, a certeza de um amigo para sempre.
É isso mesmo...
Aproveitem muito... Sejam transbordantemente (nem sei se esta palavra existe) felizes nem que o tenham que ser com dias marcados. Um dia tudo vai mudar e até lá conseguiste dar segurança à tua filhota de que nunca, mas mesmo nunca descuraste no teu sentir de Pai.
A tua história deixa-me um nó enorme e apertado na garganta... O pior de tudo é sentir que é uma criança a principal vitima da estupidez dos adultos, neste caso da mãe e do companheiro. Tu sabes que o meu caso é diferente, fazemos os dois "das tripas coração", como se costuma dizer, para que a nossa filha sofra o minimo possível com a nossa separação. Nunca nos passou pela cabeça tentar que os nossos companheiros substituissem a figura paterna / materna. Hoje a minha filha está com o pai e com a namorada, passa o fim-de-semana com eles. Eu fico de coração apertado, e não nego que tenho ciumes da namorada dele, porque nestes dias, é ela que a veste, que lhe conta a história antes de dormir, que lhe dá banho... Enfim, aquelas pequenas coisas que deviam ser "minhas". Mas a mãe sou eu, e de uma coisa tenho a certeza, é de mim e do pai que a minha filha gosta acima de tudo.
E tu és um pai fantástico! A tua filha só pode mesmo adorar-te, e nada vai conseguir separar-vos...
Beijinho, querido, aproveitem bem o vosso tempo!
Cookie
Força! A I. AMA-TE e tu amas a I. pode não parecer ser o suficiente, pode haver interferências mas nunca ninguém vai conseguir separar-vos!
Mesmo muito desiludida com a vida, continuo a acreditar que esse amor é tudo e que nunca vai morrer!
Quem agiu mal não foi a I.! Os crescidos são muito complicados!
Dá-lhe mimo e um bocadinho para ele re-fazer algo para ti! Para ver se o sentimento de culpa dela acaba de vez! Porque ela não tem culpa de nada!
Beijocas! Boa sorte! Estou a torcer por ti!
Fiquei comovida ao ler o teu texto, é pena que as coisas sejam assim, mas a tua filha se calhar também estava triste de ter dado a prenda ao outro. Para ela não deve ser fácil esta situação.
Mas, ela cresce e aprende a defender-se e a decidir por ela! Tudo vai acabar em bem!!
:(
Nem sei bem como aqui vim parar mas este post deixou-me maravilhada.
Nao sou/fui a mae, madrasta, pai / padrasto... fui a filha (circunstancias diferentes) e que balsamo e' perceber que ha' pais que sao Pais. Sei que eles existem... mas nao deixo de ficar maravilhada sempre que "tropeco" num mesmo que virtualmente.
A I. vai saber escolher independentemente das pressoes e do que lhe disserem. Essencial e' protege-la pois estas pressoes criam muitas incertezas, insegurancas e macacos no sotao, ah e culpa muita culpa! Mas e' possivel ultrapassar e encontrar equilibrio.
Justica Portuguesa e' de facto inacreditavel...
Felicidades!
Odeio esse tipo de mães. Mas muitas vezes pagam mais tarde. Os filhos crescem e deixam de ser 'tapados'.
O que não faltam são filhos de pais separados e ela vai entender a sorte que tem em ter-te como pai. Eu sou filha de pais separados, e quem me dera a mim que o meu pai fizesse uma festa quando lá vou de 15 em 15 dias. Nunca faças uma coisa, ficar do lado da tua companheira e não do da tua filha.
Beijos.
Paciência? Este post lê-se muito bem! Apesar da sua grande extensão, o conteúdo faz-nos ficar presos ao ecrã.
Tenho a certeza de que a I. também sofre muito no meio disto tudo. De certeza que ela adoraria estar mais vezes contigo, de certeza que ela também se sente triste por não te poder dar a prenda. Mas acredita, os abraços dela valem mais do que qualquer prenda!
A batalha não está perdida, não! Tens de continuar a lutar e tenho a certeza que a I. saberá escolher bem! :)
Força e aproveita bem estes momentos com ela!
(acho que nunca escrevi um comentário tão grande)
Menino do Mar! :))
Posso falar-te na qualidade de filha, de pais separados.
Posso falar-te na qualidade de mãe de um filho de pais separados.
Posso dizer-te que não conseguirás nunca, muito menos a mãe (que aliás nem quer saber)saber quanto a tua filha sofre por tudo isso que relatas aí em cima. Posso também dizer-te que não há nada que mais revolte um filho que ouvir os pais dizer mal um do outro, mesmo que ela saiba que um deles tem razão. A tua tranquilidade e paciência e amor junto da tua filha vão valer muitos pontos a teu favor junto dela à medida que vai crescendo e entendendo toda a verdade.
Li alguns conselhos aí em cima, não pretendo dar lições a ninguém.
Não desistas da tua filha, nunca. Mas nunca te esqueças, A TUA FILHA NÃO PODE NUNCA, POR NUNCA SER, A ARMA PARA TU E A MÃE DELA GUERREAREM!
Aí sim, se alinhares nessa guerra, estarás a fazer o jogo dela, como se a tua filha fosse uma bola de ping pong.
Vai com calma amigo, forra o teu estomago, vais ter que engolir muito sapo a bem da tua menina.
Nem sempre as mães gostam dos filhos.
Falo disso no meu último post, talvez entendas qualquer coisa do que alí falo.
Deixo-te um abraço, muito carinhos.
Esqueci-me de te pedir:
Nunca ponhas a tua filha entre a espada e a parede perguntando quem prefere, se o o pai ou mãe. É um crime colocar esta questão a uma criança. É óbvio que ela quer o pai e a mãe, se não juntos, que seja separados, mas no amor dos dois.
Costumavam perguntar ao meu filho: Deu quem gostas mais R...?!
Sabes o que ele respondia?
- Gosto do pai e gosto da mãe!
Beijo
Menino, não deve ser nada fácil passar por uma situação destas.
Infelizmente, em casos de separação, a mãe acaba por ter sempre uma posição privilegida. No entanto, tratando-a tu com todo o teu amor, consegues tratá-la com a única linguagem que as crianças conhecem verdadeiramente.
beijinhos
Acho que a única coisa que nunca podes fazer é desistir da tua filha e do vosso amor, por ti e por ela. Um dia mais tarde, quando ela for adulta, vai-te compreender e agradecer por nunca teres desistido, apesar de todas as contrariedades.
Um beijo e força
Eu hoje já estou sensível e tu quase me puseste a chorar. Não sei o que te diga.
Infelizmente isso acontece tantas vezes nos divórcios, os pais (as mães principalmente, parece-me) usarem os filhos como arma de arremesso para magoar o ex.
Mas o verdadeiro amor é esse...o de mudares a tua vida para procurares o que achas que é melhor para ela. E a justiça é que está errada porque ainda sacrifica muito os pais nos divórcios e continua a conceder às mães o direito de fazerem o que querem com os filhos, inclusive excluir os pais da sua vida.
Um dia, quando ela for maior e tiver idade para pensar com a cabecinha dela, há-de perceber o que a mãe fez e se tu te mantiveres ao lado dela, sempre, não há-de haver nada nem ninguém que vos separe.
Bem não consigo fazer comentários racionais acerca do assunto!Espero que todos sejam muito felizes no futuro (incluindo os espiritos obscuros,ao que parece da ex-mulher)!E não desistas da pequenina!
:D
Menino do Mar... antes de tudo o mais uma coisa: ÉS GRANDE!
E não estando minimamente dentro do assunto, apenas quero deixar aqui uma palavra de força e que acredites que todo o amor que demonstras vai valer a pena. Desistir nunca! A tua filha precisa de ti!
gostei do blog :)
bj
Permite-me a ousadia, mas eu chorei ao ler o teu post... não ninguém merece assistir ao roubo das emoções, dos afectos. Uma criança não devia passar por isso, pelo menos ela conta com o teu afecto, amor, e será nisso que terás sempre que basear a tua relação com ela. Quanto à mãe dela, está errada. Pai há só um, és tu, e não o outro que mora com ela. Dê o mundo as voltas que der, isso ninguém te tira. Mas é triste ver as pessoas agirem assim. Olha força para ti e pensa na tua pequenina, não desistas dela... bjs
Oi,
antes de mais, quero dizer que gostei muito do teu cantinho.
Quanto a esta situação, só te poderei dizer que cada batalha que se trava é uma, e a guerra só termina quando tudo acaba. Não há nada que se possa dizer, porque o conforto que recebes é o carinho de horas contadas que a tua filhota te oferece, não por obrigação mas sim por amor. Ela vai crescer, e vai perceber por ela. O que podes fazer? Com muito carinho (e sofrimento por toda esta situação), estenderes os teus braços e dar lhe tudo o que lhe podes dar, o teu Amor de Pai. Acredita que te entendo, muito bem.
Beijo grande.
Eu adoro a minha mãe..mas graças a Deus eu e as minhas manas ficamos com o meu Pai. O valor que lhe dou até hoje (28 anos) é qualquer coisa que nem se explica..e é para a eternidade!
Gosto de ti...só porque és Pai.
Vai tudo ficar bem :)
Oxalá eu tivesse tido um pai como tu... o meu nunca se preocupou com nada nem tão pouco de querer estar mais comigo! Nunca fez grande questão que nos vissemos muito! Depois de eu ter crescido com essa imagem dele, agora em adukta é que ele parece que queria ser diferente... mas agora já é tarde... por isso, acho é de louvar alguém ter um pai como tu, pena a mãe da tua filha não reconhecer isso e ser mais flexível... para o bem-estar da tua filha ela deveria ser/pensar assim, e deixar para trás o que se passou ou não com vocês, não usando a própria filha para te atingir! Muita força e coragem é o que te desejo! beijinho***
Só hoje vi este teu post. Eu sei que vou um bocadinho tarde, mas não posso deixar de comentar...
Lamento que no meio da confusão desse teu divórcio, a I. e tu próprio saiam a perder na vossa relação.
Mas concordo com os outros posts. Deves de facto mostrar à tua filha o quanto a amas nos momentos que podem estar juntos. Ela ao crescer vai filtrando as (in)justiças...
Força e coragem para esse percurso...
Li isto com uma lágrima a querer escorrer-me pela cara abaixo, acho que sabes porquê...
Abraço
Infelizmente Menino do Mar, conheço muita gente na tua situação.
E só me resta lembrar-te do seguinte: tu serás sempre insubstituivel para a tua filha. Por muito que alguem lhe queira mostrar o contrario, e que ela ate acredite um pouco nisso pela idade que tem, Pai é Pai. E daqui a uns anos, a tua filha vai reconhecer isso. Engole os sapos que forem preciso, para que possas salvaguardar a tua estrelinha.
Força.
A paciencia foi merecida...
E até de lágrima no olho fiquei com a tua história.
Espero realmente que não pares nunca de lutar pelos teus direitos e que consigas sempre a presença da tua filha na tua vida!:)
Boa sorte*
Histórias como esta deixam-me triste. Sou filha de pais separados e sei que é complicado, mas nunca em hipótese alguma foi limitada de visitar o meu pai. Acho isso de uma crueldade imensa. Tens de ter muita força e tornar todos os momentos com a tua filha únicos e inesquecíveis. Luta por ela que ela merece.
Querido amigo
Sei que vais ter força para continuar e vais conseguir ganhar a "guerra" não pela luta em si mas pelo amor e verdade.
A mãe da I só está, como se costuma dizer, a "cavar a própria sepultura", pois por enquanto ela vai tentando manipular a I com as mentiras que diz a teu respeito até ao dia que a I cresça e diga basta, nessa altura a I poderá chegar a odiar a mãe.
Quem te conhece sabe bem que tens sido um pai exemplar e sabe o amor que tens pela I e que tudo tens feito, ao contrário da mãe, para conseguires que ela tenha uma infância normal e feliz.
Lembra-te que a verdade é como o azeite na água pois vem sempre à superfície por mais que a tentem contrariar.
Força amigo e sabes que podes contar comigo e com o meu apoio.
Beijo e abraço
Ani
P.S. já ficava feliz se o pai dos meus tivesse pelo menos 1% da tua dedicação e amor que tens pela I.
Se não fosse a minha insistência acho que ao fim de cinco anos de separação eles já nem se falariam...
Não és o único caso que conheço assim. é triste ver mulheres a utilizarem as crianças que pariram (sim, porque isso não é atitude que uma mãe tenha, não vou dizer filha) para atingir os ex, é mesmo! Menino do mar, acima de tudo, tenta não te afastar da tua filha. Eu sei que ela te sente a ti como pai, pelo menos é o que dás a entender. Não deixes, por amor de Deus, que se afastem definitivamente. Quando ela crescer e tiver mais compreensão, vai fazer os juízos de valor por ela própria e vai ser ela mesma a julgar a "mãe". Felizmente, tive a sorte de ter a mãe que tenho, que me obrigava a ir para casa do meu pai mesmo quando não queria ir (em pequena, depois de grande quem decidia se ia e quando ia era eu). O divórcio não foi fácil e queriam-me ambos mas foram sensatos ao ponto de não me atingir directamente com isso.
Termino só com um grande beijinho de muita força. Não quebres essa relação de PAI-FILHA por nada deste mundo!
Eu como filha e conhecedora de porcarias dessas(desculpa mas estas merdas irritam.me), acho que se calhar podias falar com a tua filha e explicares tudo o que sentes por ela. tudo mesmo. que o teu amos é infinito, que nunca vais ser mau para ela blablabla, tendo o cuidado de nao estares a fazer da mae uma bruxa ma (que é, mas a tua filha nao tem culpa nenhuma e nao tem nada a ver com isso).
"Viemos para casa e, sempre em silêncio, preparei o jantar.
Jantámos em silêncio.
A I. abraçou-se a mim várias vezes e, quando íamos a descer no elevador, para ir buscar a R. ao comboio, pediu-me desculpa."
"Por volta das três da manhã, foi ter comigo, não conseguia dormir, deitou-se ao meu lado e adormeceu, até agora."
eu sei que foi inconsciente, mas percebe.se que ela ficou a sentir.se mesmo mal e culpada, que entendeu que aquilo nao era suposto e que tu tinhas ficado triste, mas ouve, já lhe basta ouvir a mae a dizer mal de ti e quase obriga.la a deixar de gostar de ti... é horrivelmente complicado, principalmente para uma criaça pequena. Tem calma, respira fundo, faz tudo menos prmitir que ela sinta alguma culpa nisto tudo, porque nao tem. Ela so quer agradar a todos e quer queiras quer nao, e muitas vezes (como é o caso) é muito injusto, a mãe e das maiores influencias na vida de uma criança (principalmente se for do sexo feminino), e não és tu que vais conseguir mudar isso, e por isso, a unica coisa que podes fazer e apoiar a tua filha em tudo, e sem que ela perceba teres uma conversa grande com o estupor dessa mulher mas de uma forma subtil e com cuidado com as palavras porque eu conheço a peça (ao contrario) e sei que a estupidez do ser humano adapta tudo o que os outros dizem, ou seja, ela ainda se vai por com conversas manipuladoras para a pequenina e isso é muito injusto, para ti mas principalmente para ela. O mais importante é a tua filha e o bem estar dela, e isso passa principalmente pelo bem estar dos dois pais.
Beijinhos enormes para os 2
Mar
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