A voz do outro lado do telefone surgia trémula talvez pela emoção que abraçava a conversa que ambos desejavam há muito.
Suspensos do exterior que os envolvia, deixaram-se levar pelos breves minutos de palavras trocados sob um sol que despontava, anunciando a Primavera.
Os silêncios breves, abriam caminho a palavras quase sussurradas que arrepiavam ambos e recordaram, sem o mencionar, as tardes em que faziam amor após o almoço, nos breves minutos que tinham, antes de retomarem a suas vidas assustadoramente insaciadas.
Um dia, enquanto se vestiam, ele dissera-lhe que não esperava mais. Ela sorrira-lhe, afagara-lhe o cabelo e, depois de o beijar longamente, saíra, batendo suavemente a porta, sem olhar para trás.
Nunca mais se viram após aquela tarde e agora, inesperado como o calor que lhes arrepiava a pele, criando a dúvida se tal se devia a isso ou à emoção da dança de palavras trocadas, o amor voltava a surgir como se nunca tivesse partido.
O telefonema terminou apressado, talvez por medo, ansiedade, ou incerteza do que estavam a sentir.
Ele demorou-se um pouco a olhar o telemóvel já desligado, voltou a marcar o número mas não fez a chamada.
A brisa beijou-lhe o rosto e partiu, deixando no seu olhar a dúvida de querer ou não o seu regresso.
Suspensos do exterior que os envolvia, deixaram-se levar pelos breves minutos de palavras trocados sob um sol que despontava, anunciando a Primavera.
Os silêncios breves, abriam caminho a palavras quase sussurradas que arrepiavam ambos e recordaram, sem o mencionar, as tardes em que faziam amor após o almoço, nos breves minutos que tinham, antes de retomarem a suas vidas assustadoramente insaciadas.
Um dia, enquanto se vestiam, ele dissera-lhe que não esperava mais. Ela sorrira-lhe, afagara-lhe o cabelo e, depois de o beijar longamente, saíra, batendo suavemente a porta, sem olhar para trás.
Nunca mais se viram após aquela tarde e agora, inesperado como o calor que lhes arrepiava a pele, criando a dúvida se tal se devia a isso ou à emoção da dança de palavras trocadas, o amor voltava a surgir como se nunca tivesse partido.
O telefonema terminou apressado, talvez por medo, ansiedade, ou incerteza do que estavam a sentir.
Ele demorou-se um pouco a olhar o telemóvel já desligado, voltou a marcar o número mas não fez a chamada.
A brisa beijou-lhe o rosto e partiu, deixando no seu olhar a dúvida de querer ou não o seu regresso.
9 comentários:
Lembrei de um verso...
Quem ama sofre,
Quem sofre sente,
Quem sente luta,
Quem luta vence...
Adorei o texto, os detalhes dõ sentimento esta perfeito...
Que texto tão lindo, meu amor.
Mais um dos incontáveis textos que já escreveste. Sempre com tanto sentimento, mesmo que puramente imaginativo. Sempre a fazer-nos desejar ler mais e mais.
Já sentia falta de ler um texto TEU. Parece que a inspiração voltou ;)
Apetece-me a Primavera contigo.
Amo-te muito.
Beijo imenso
Flor
Talvez uma leve certeza esteja esperando o momento certo.
Lindo!
é por estas e por outras que eu digo que o tempo não cura tudo. pode ajudar-nos a criar uma capa que serve como ilusão de que o sentimento já não está lá.. mas está. e quando surge uma simples aragem, lá se vai a capa e volta-se a ter a certeza do que se sente, tão ou mais do que antes.
(e agora, desculpa lá mas eu tenho que ser porca, os protagonistas deste teu texto ou tinham a sobremesa logo a seguir ao almoço, ou se demorassem um bocadinho ainda tinham uma indigestão :p ahah, sorry!)
Oh pah, donde é que tiras estas tiras lindas? Jurava que poderiam ter saído da realidade.
Despacha-te.
Quero o teu livro na minha mesa de cabeceira.
Muito bom! ;)
Love happens.
Boa Primavera. :)
Grata pelo seguimento do A.
Lindo, transpira emoção.
Beijinho
O nosso escritor voltou :)
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