sábado, 27 de março de 2010

Ontem...

... descobri, em Loulé, um sítio dedicado à minha namorada.



Jardim dos Amuados
;-)


ps: sabes que te amo não sabes?

segunda-feira, 22 de março de 2010

Post para vocês

A todas vocês que comentaram o meu post anterior, o meu obrigado.
Não quero, no entanto, que pensem que me acho um pai perfeito, que sou só virtudes e a mãe só defeitos. Sou um pai normal, que tenta ser o melhor que consegue ser para a sua filha. A mãe, sinceramente, do fundo do coração, não a culpo de nada, sei que ela não sabe ser melhor do que é. Quero sim que a minha filha saia, o mais ilesa possível desta situação em que tem que crescer e tornar-se mulher.

Deixo-vos uma música, a dar para o lamechas, mas é o que estou a precisar de ouvir e sentir.




sábado, 20 de março de 2010

Este é...

... provavelmente o post mais errado que alguma vez farei. Não por não ser algo que sinta, mas porque me irá, por ventura, expor demasiado.
Poderia escreve-lo em papel, ou num ficheiro só para mim, no entanto, habituei-me a usar esta forma de expressão. Este meio de ser eu por palavras, de conhecer-me melhor a mim próprio, de despejar mágoas, desejos e anseios. Esta é a minha forma de falar.
Ontem, como todos as sextas-feiras de quinze em quinze dias, foi o início de mais um fim-de-semana com a minha filha. Era, no entanto, um dia especial, o dia do Pai. Algo que até festejei por antecipação aqui, nesta minha casa da alma.
Tudo corria normalmente. Quando lá cheguei a minha filha desceu e, à parte duma pequena constipação, parecia-me bem, cheia de saudades.
No caminho para casa, perguntei o que tinha feito na escola, como tinha festejado o dia do pai. Não me respondeu, parecia com medo e as palavras não lhe saíam. O meu coração quase parou naquele instante, o meu pressentimento, a minha intuição diziam-me o que se tinha passado, mas insisti, até que ela disse.
Tinha feito um calendário e um diploma para o melhor pai do mundo. No entanto não os trazia. Perguntei porquê. A resposta foi óbvia, não por ser correcta ou desejada, apenas porque sei a minha realidade. Esses trabalhos entregou-os ao companheiro da mãe.
À primeira vista, pode até parecer, de certa forma, correcto. É ele que está mais tempo com ela. Mas isso seria num vulgar caso de pais separados.
A maioria, quando se separa das mães, separa-se dos filhos, e é normal que a figura paterna seja substituída.
No entanto, não é esse o meu caso.

Tinha a I. dois anos quando a mãe se foi embora. Partiu, de um dia para o outro, sem avisar. O dia era o do meu aniversário. Passaram cerca de dois meses até voltar a dar notícias e a ver a filha.
Eu, independentemente da separação estar resolvida, tinha o coração partido, por ver a minha filha a sofrer com as saudades. O que fiz? O que qualquer pai teria feito, promovi a reaproximação das duas. Mudei de casa, de trabalho, de zona do país.
Acordei com a mãe a custódia conjunta, o poder paternal partilhado.
Sempre foi minha opinião que o que são dois a fazer, devem ser dois a criar, independentemente de haver sentimento amoroso e/ou estarem juntos.
Tudo corria normalmente, até que um dia, recebi uma carta do tribunal de família e menores de Faro. Sem saber porquê, a mãe pedia tudo para ela. Custódia e poder paternal. Os dias, em vez da metade do mês, como tinha sido até ali, permitia-me ter os fins de semana, de quinze em quinze dias.
Fomos a tribunal, e teve o que pretendia. Eu não aceitei e, revoltado, apresentei um requerimento e voltei a ir a tribunal. Ainda fiquei com menos. Não posso participar na vida escolar da minha filha, não posso visitá-la na escola, não posso ir a actividades no tempo que ela passa com a mãe. O que posso? Segundo o tribunal posso pagar, ter os fins de semana quinzenalmente e 4 semanas de férias num ano, que não podem ser 15 dias seguidos, só semanas separadas.
Em relação à mãe? Bem, não me permite entregar a I. uma hora mais tarde que o estipulado, nem ir buscar uma hora mais cedo. Se eu o fizer, chama a polícia. Como sei? Já o fez...
Em termos emocionais, diz à I. para chamar o "padrasto" de pai, diz-lhe que eu, para ela sou só um nome. Diz que um dia mais tarde, quando ela puder escolher, se me escolher a mim, eu vou ser mau para ela. Diz que eu não presto, que não lhe dou carinho e amor. E o mais triste disto tudo, é que eu fico a saber da maioria das coisas pela própria I.

Voltando ao dia de ontem, quando percebi o que tinha acontecido, fiquei sem reacção. Não conseguia falar, reagir ou pensar. O meu coração parecia ter sido atropelado por mil comboios e duvidei que se reerguesse.
Viemos para casa e, sempre em silêncio, preparei o jantar.
Jantámos em silêncio.
A I. abraçou-se a mim várias vezes e, quando íamos a descer no elevador, para ir buscar a R. ao comboio, pediu-me desculpa. Eu abracei-a.
Quando voltámos, estivemos a jogar a um jogo, deitei-a e adormeci-a a ler-lhe o principezinho (que ela adora). Por volta das três da manhã, foi ter comigo, não conseguia dormir, deitou-se ao meu lado e adormeceu, até agora.
Vou fazer-lhe o pequeno almoço.
Não sei o que pense, o que sinta, o que faça. Sei que a culpa não é dela e, portanto, nunca a vou culpar de nada, mas há algo em mim, uma mágoa, uma dor, que sinto e que dificilmente vai passar.

Espero que tenham tido a paciência para me ler. Às vezes dizem-me que tenho um olhar triste, eu sorrio e nego, mas sei a minha verdade.
Acho que vou continuar como até aqui. Engolir mais um sapo e continuar, mas cada vez mais, sinto que esta é uma batalha perdida. A mãe da I. quer-me fora da vida dela, e aos poucos, vai conseguindo.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Breve


A voz do outro lado do telefone surgia trémula talvez pela emoção que abraçava a conversa que ambos desejavam há muito.
Suspensos do exterior que os envolvia, deixaram-se levar pelos breves minutos de palavras trocados sob um sol que despontava, anunciando a Primavera.
Os silêncios breves, abriam caminho a palavras quase sussurradas que arrepiavam ambos e recordaram, sem o mencionar, as tardes em que faziam amor após o almoço, nos breves minutos que tinham, antes de retomarem a suas vidas assustadoramente insaciadas.
Um dia, enquanto se vestiam, ele dissera-lhe que não esperava mais. Ela sorrira-lhe, afagara-lhe o cabelo e, depois de o beijar longamente, saíra, batendo suavemente a porta, sem olhar para trás.
Nunca mais se viram após aquela tarde e agora, inesperado como o calor que lhes arrepiava a pele, criando a dúvida se tal se devia a isso ou à emoção da dança de palavras trocadas, o amor voltava a surgir como se nunca tivesse partido.
O telefonema terminou apressado, talvez por medo, ansiedade, ou incerteza do que estavam a sentir.
Ele demorou-se um pouco a olhar o telemóvel já desligado, voltou a marcar o número mas não fez a chamada.
A brisa beijou-lhe o rosto e partiu, deixando no seu olhar a dúvida de querer ou não o seu regresso.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Eu

"Eu não sei o que sou.
Não sei se sou o sonho
Que alguém do outro mundo esteja tendo...
Creio talvez que estou
Sendo um perfil casual de rei tristonho
Numa história que um Deus está relendo..."

Fernando Pessoa

domingo, 7 de março de 2010

Constatação


Os anos passam e sinto que cada vez faço menos ideia daquilo que realmente quero. Por outro lado, cada vez tenho mais certeza do que não quero.

terça-feira, 2 de março de 2010

Tentava eu...

... fazer uma inocente pesquisa no Google, quando me deparo com as seguintes sugestões de pesquisa:

(clicar par aumentar)


É interessante saber aquilo que as pessoas procuram quando tentam aprender a fazer algo.
Devem ter ficado esclarecidíssimos!