sábado, 7 de julho de 2012

A dramaturgia dos pinheiros

O vento embala.
Olhos que se deixam levar
na dança de verde e azul,
no sussurrar entre o norte e o sul.

O dourado da areia
beijado pelo mar finito,
é esquecido pelo sonho,
que tem asas de anjo noturno, sorrateiro.

Nas colinas despe-se o luar
em noites ofuscadas pelo gemer das ondas,
e neste embaraço de dunas, céu, brisas e cheiros,
tudo termina no canto de uma cotovia
que embala os pinheiros na sua dramaturgia.