Recordo o chão que fixava avidamente por ter medo de olhar em frente. O sol ofuscava-me e, não poucas vezes, a estrada, por muito recta que fosse, assemelhava-se a um labirinto enigmático.
Não tinha grandes pretensões de um dia vir a ser grande. Ou talvez as tivesse, só não ousava aceitá-las.
Por insegurança ou apenas por pura cobardia, acho que me acomodei a aceitar o que quer que a maré trouxesse. Nunca me predispus a navegar, nunca ousei procurar o que poderia existir para lá do horizonte. Nunca. Ou melhor, durante muito tempo assim foi.
Olhava para mim e achava-me adulto. Um ser maduro. Que já tinha passado por muito e, que admito, olhava com uma certa desfaçatez para os mais velhos. "São mais velhos mas eu já vivi muito, já vi muito, e sei tanto ou mais que eles", pensava eu na minha inconsciente ignorância.
Hoje estou eu mais velho e, embora me sinta muito jovem, nunca tive tanta consciência de que sei muito pouco. Nunca percebi tão bem que podemos ver, estudar, ler, analisar, mas só percebemos realmente algo quando o vivemos, quando o sentimos na pele, porque simplesmente há coisas que não se explicam e que variam tanto de pessoa para pessoa que dissecá-las num livro, numa conversa ou até numa palestra, seria apenas criar uma ilusão para alimentar almas ávidas de conhecimento mas com muito preguiça de aceitar que para se viver verdadeiramente, para se sentir verdadeiramente, é necessário tempo.
Hoje, tudo tem que ser rápido. E contra mim falo. Muitas vezes, mesmo ciente desta realidade, desejo tudo para ontem. Deixo que esta onda global de fast living me inunde e me impeça de ser aquele ser que profundamente desejo ser.
Acredito mais em mim hoje, que sei que muito pouco sei, do que na altura em que achava ser muito mais do que aquilo que era. É verdade. A consciência da minha vasta ignorância tornou-me uma pessoa mais confiante, mais tolerante, mais generosa.
Gosto muito mais desta pessoa em que me vejo hoje do que aquela em que me via no passado e consciente da minha falibilidade enquanto ser humano espero no fim da vida poder olhar para trás e ver os degraus que subi, um a um e olhar em frente e ver que outros tantos ficaram por subir.
Não tinha grandes pretensões de um dia vir a ser grande. Ou talvez as tivesse, só não ousava aceitá-las.
Por insegurança ou apenas por pura cobardia, acho que me acomodei a aceitar o que quer que a maré trouxesse. Nunca me predispus a navegar, nunca ousei procurar o que poderia existir para lá do horizonte. Nunca. Ou melhor, durante muito tempo assim foi.
Olhava para mim e achava-me adulto. Um ser maduro. Que já tinha passado por muito e, que admito, olhava com uma certa desfaçatez para os mais velhos. "São mais velhos mas eu já vivi muito, já vi muito, e sei tanto ou mais que eles", pensava eu na minha inconsciente ignorância.
Hoje estou eu mais velho e, embora me sinta muito jovem, nunca tive tanta consciência de que sei muito pouco. Nunca percebi tão bem que podemos ver, estudar, ler, analisar, mas só percebemos realmente algo quando o vivemos, quando o sentimos na pele, porque simplesmente há coisas que não se explicam e que variam tanto de pessoa para pessoa que dissecá-las num livro, numa conversa ou até numa palestra, seria apenas criar uma ilusão para alimentar almas ávidas de conhecimento mas com muito preguiça de aceitar que para se viver verdadeiramente, para se sentir verdadeiramente, é necessário tempo.
Hoje, tudo tem que ser rápido. E contra mim falo. Muitas vezes, mesmo ciente desta realidade, desejo tudo para ontem. Deixo que esta onda global de fast living me inunde e me impeça de ser aquele ser que profundamente desejo ser.
Acredito mais em mim hoje, que sei que muito pouco sei, do que na altura em que achava ser muito mais do que aquilo que era. É verdade. A consciência da minha vasta ignorância tornou-me uma pessoa mais confiante, mais tolerante, mais generosa.
Gosto muito mais desta pessoa em que me vejo hoje do que aquela em que me via no passado e consciente da minha falibilidade enquanto ser humano espero no fim da vida poder olhar para trás e ver os degraus que subi, um a um e olhar em frente e ver que outros tantos ficaram por subir.
5 comentários:
:)
abraço:)
Não te conheci no passado. Mas conheço-te hoje.
E amo a pessoa maravilhosa que és. Com todas as tuas muitas qualidades e alguns defeitos (quem não os têm?). Amo cada pedaço do teu ser.
Se estás mais maduro, mais consciente do teu desconhecimento do mundo, isso é um degrau que já subiste na vida.
Espero estar sempre a teu lado para, juntos, subirmos todos os degraus que faltam.
Vamos na onda do not so fast living...porque temos e nos esperam dias muito muito felizes.
Amo a ti :)
Flor
I love it, it's beautiful text :)
Devido a problemas pessoais tive que tornar o blog privado e estive assim durante imenso tempo, mas sem vocês, queridos seguidores, que antes me liam, não faz sentido. Peço desculpa pela minha prolongada e repentina ausência mas agora estou de volta, espero que me aceitem de novo e obrigada :)
Se tiverem interesse em voltarem a ler-me enviem um mail como o e-mail que utilizam na conta do blog para o meu e-mail: quandocrescerqueroserumaprincesa@hotmail.com, para que eu vos possa adicionar como leitores convidados uma vez que a torná-lo público de novo é impensável.
Um grande beijinho e um grande obrigada, Vanessa :)
Apoiaddissimo!
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