sábado, 3 de julho de 2010

Azeitona

Há no limiar da tristeza
um escuro cor de azeitona
a melancolia de uma cor que cai,
num ocaso sem luz, sem chama.

Nos nós que se espelham em frente
não há espaço para gente.
A solidão espera quem espera,
e num barco à vela, dói a quem tem de remar.

E o sol que me queima, enquanto vagueio pelo olival,
relembra um sorriso que cheira
e se sente na mão que se dá
a quem, por vezes, tanto se anseia.

2 comentários:

Ana disse...

pasta de azeitonas...quero pasta de azeitonas...

Kikas disse...

quase que consigo imaginar as crianças do futuro a examinar os teus poemas, nas aulas de português x)