quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Nobel da LIteratura 2011

A ÁRVORE E A NUVEM (1962)

Uma árvore anda de aqui para ali sob a chuva,
com pressa, ante nós, derramando-se na cinza.
Leva um recado. Da chuva arranca vida
como um melro ante um jardim de fruta.

Quando a chuva cessa, detém-se a árvore.
Vislumbramo-la direita, quieta em noites claras,
à espera, como nós, do instante
em que flocos de neve floresçam no espaço.

Tomas Transtromer

4 comentários:

Anônimo disse...

Eis a prova provada de que não é preciso usar palavras difíceis, pensamentos rebuscados ou linguagem hermética para se fazer poesia de excelência...


Mumy

Roxanne disse...

é por isso que, às vezes, a chuva sabe bem?

Catarina disse...

Tão bonito...

Li disse...

Vou acabar com este blog mas vou manter-me noutro novo... gostaria que me continuasses a seguir aqui: longametragem-butterfly.blogspot.com