A ÁRVORE E A NUVEM (1962)
Uma árvore anda de aqui para ali sob a chuva,
com pressa, ante nós, derramando-se na cinza.
Leva um recado. Da chuva arranca vida
como um melro ante um jardim de fruta.
Quando a chuva cessa, detém-se a árvore.
Vislumbramo-la direita, quieta em noites claras,
à espera, como nós, do instante
em que flocos de neve floresçam no espaço.
Tomas Transtromer
4 comentários:
Eis a prova provada de que não é preciso usar palavras difíceis, pensamentos rebuscados ou linguagem hermética para se fazer poesia de excelência...
Mumy
é por isso que, às vezes, a chuva sabe bem?
Tão bonito...
Vou acabar com este blog mas vou manter-me noutro novo... gostaria que me continuasses a seguir aqui: longametragem-butterfly.blogspot.com
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