De todas as coisas derivadas,
há o teu amor que tem muito de absoluto
e nada de relativo.
Relativamente a isto, acho que é derivado de coisa nenhuma e,
ao mesmo tempo,
de toda a essência do mundo.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Fresta
A porta do meu quarto entreaberta,
cria uma fresta,
por onde a luz invade e me abraça o corpo dormente
sempre que me deito a jogar horas à parede.
Nas almofadas amarrotadas,
neste azul amarfanhado de lençóis solitários,
escondem-se as memórias
e as saudades,
de quando a luz que me abraçava
não vinha do corredor,
mas sim do candeeiro que acendias,
quando te querias perder no meu olhar ensonado.
Então, tapava o rosto com o lençol,
fechava os olhos, e dizia que te amava,
à espera que não me ouvisses.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Delírios
No céu do meu quarto, todos os sonhos são sombras que o candeeiro desenha, à espera que a luz se vá, arrastada, como o vestido de noiva que nunca te despi e tão orgulhosamente carregavas naquela carpete vermelha.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Pedaços
Naquela estrada rente ao palácio,
fomos tu e fomos eu,
e fomos beijos e sede
e tudo o mais que música nos dizia.
No meio dos abraços descobrimos
que nada já era inteiro,
que nos movíamos a pedaços.
Se ao menos tivéssemos sobrevivido ao pôr do sol,
talvez não me tivesse perdido no regresso a casa,
e ainda hoje vagueasse por essas ruas de prédios frios como a chuva.
fomos tu e fomos eu,
e fomos beijos e sede
e tudo o mais que música nos dizia.
No meio dos abraços descobrimos
que nada já era inteiro,
que nos movíamos a pedaços.
Se ao menos tivéssemos sobrevivido ao pôr do sol,
talvez não me tivesse perdido no regresso a casa,
e ainda hoje vagueasse por essas ruas de prédios frios como a chuva.
domingo, 19 de setembro de 2010
Não sei se sabes
Não sei se sabes, mas és linda como uma nuvem.
Povoas um céu desterrado,
desmaiado de azul,
desconcentrado de tanto se olhar.
Não sei se sabes, mas os espaços
encheram-se de vazios,
e as cidades desertas de Domingo à tarde,
incendiaram-me de sede,
enquanto tocavas as páginas do livro que lias.
Não sei se sabes, mas as verdades,
só se materializam na cama,
quando se dorme e se sonha,
quando se acorda e se ama.
Não sei se sabes, mas no rosto que te espera,
há sempre um sorriso escondido,
à espera que o reveles.
Povoas um céu desterrado,
desmaiado de azul,
desconcentrado de tanto se olhar.
Não sei se sabes, mas os espaços
encheram-se de vazios,
e as cidades desertas de Domingo à tarde,
incendiaram-me de sede,
enquanto tocavas as páginas do livro que lias.
Não sei se sabes, mas as verdades,
só se materializam na cama,
quando se dorme e se sonha,
quando se acorda e se ama.
Não sei se sabes, mas no rosto que te espera,
há sempre um sorriso escondido,
à espera que o reveles.
sábado, 18 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)